Laroyê! Eu vi! Mojubá!
Mercedes a bailar
De pés descalços
Corpo Preto que pulsa no couro
Coração vibrando raízes da alma
Bate o tambor, luz da ribalta
Negro cisne voou
Em Abdias a verdade encontrar
O preconceito não calou
Na roça da goméia se transforma
Do padedê fez um xirê
No contratempo do jongo, na dança de angola
Échappé, candomblé, jeté
Nos palcos um quilombo
Caminhos abertos
Sempre com pés no chão
Roda crioula, vem ver
Saravá Xica da Silva
Vem pra roda, vem samba
Saravá Xica da Silva
Seu minueto vai passar
Mostrando poder
A girar força da natureza
Hoje, a Águia é você
Diva, deusa Realeza
É negra
É Ginga
O tambor não mente
O tambor te faz!